Morreu o músico brasileiro Jards Macalé aos 82 anos. Caetano Veloso reage
- 17/11/2025
Morreu o músico brasileiro Jards Macalé, esta segunda-feira, 17 de novembro, aos 82 anos. A notícia foi confirmada nas redes sociais do artista através de uma publicação dos seus assessores. O cantor terá sofrido uma paragem cardiorespiratória.
"Jards Macalé nos deixou hoje. Chegou a acordar de uma cirurgia a cantar "Meu Nome é Gal", com toda a energia e bom humor que sempre teve. 'Cante, cante, cante!' É assim que sempre lembraremos do nosso mestre, professor e farol de liberdade", pode ler-se.
"Agradecemos, desde já, o carinho, o amor e a admiração de todos", refere o comunicado, adiando também que brevemente serão conhecidas as datas das cerimónias fúnebres.
© Instagram - Jards Macalé
Quem foi Jards Macalé?
Jards Macalé nasceu no Rio de Janeiro em março de 1943, no famoso bairro da Tijuca. Cresceu no meio da música já que os seus pais eram também artistas. A sua mãe, Lígia, era cantora e o pai tocava acordeão. Quando era jovem decidiu estudar música e aprendeu violoncelo, violão, análise musical e piano.
Ao longo da vasta carreira colaborou com artistas como Gal Costa, Maria Bethânia e Clara Nunes. "Hotel das Estrelas", "Mal Secreto" e "Vapor Barato" são algumas das músicas que compôs.
Macalé teve dois discos nomeados para os Grammy Latinos. "Besta Fera", em 2019 e "Síntese do Lance", em 2021.
O artista carioca foi um dos grandes nomes do movimento Tropicália (um movimento cultural brasileiro que aconteceu nos anos 60, mais focado na música e que surge com a fusão de elementos da cultura pop estrangeira com tradições brasileiras (samba, bossa nova e ritmos regionais).
Caetano Veloso reage a morte de amigo
Caetano Veloso recorreu às redes sociais para prestar uma homenagem ao colega e amigo e mostrou-se abalado.
"Sem Macalé não haveria "Transa". Estou chorando porque ele morreu hoje. Foi o meu primeiro amigo carioca da música. Antes de Bethânia imaginar que seria chamada para o Opinião, Alvaro Guimarães, diretor teatral baiano, me trouxe ao Rio para montar e mixar o curta para o qual eu tinha feito a trilha. Fui parar na casa de Macalé. E ele tocou violão. Me encantei. Ele tocou com Beta, lançou composições, chamei-o para Londres e: "Transa". Na volta, ele e eu seguimos na música. Que a música siga mantendo a essência desse ipanemense amado", escreveu o músico nas redes sociais.
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